CRISE – IMPACTO NO NEGÓCIO É PROPORCIONAL À EFICIÊNCIA DA GESTÃO DA COMUNICAÇÃO
Palavrinha curta que quando aparece arrepia a espinha de qualquer um. No mundo corporativo, então, pior ainda. Não importa o tamanho, o setor ou a história, todas as empresas estão suscetíveis a elas, que, aliás, aparecem sem avisar.
O ano de 2020, por exemplo, foi mais que prova disso. O coronavírus se configurou como uma crise mundial sem precedentes, imprevisível, desconhecida e por isso mesmo, muito difícil de gerenciar. Foi uma crise externa às empresas, mas que atingiu em cheio o mundo corporativo.
Há também as crises internas, que surgem dentro e cujos impactos vão além, como acidentes de trabalho ou ambientais, falta de inovação, de qualidade, de abastecimento ou de matéria-prima, por problemas financeiros e assédios. E ainda tem duas, mais recentes, que estão trazendo muita dor de cabeça aos executivos: as fake news e os ataques virtuais.
– Já imaginou o quanto uma mentira ou o roubo de dados pessoais podem afetar a reputação e a credibilidade da sua marca?
Seja qual for a crise enfrentada, o impacto dela na perenidade do negócio sempre será proporcional à gestão que a empresa será capaz de fazer. E uma área fundamental nesse processo é a Comunicação.
MANUAL DE GESTÃO E COMUNICAÇÃO DE CRISE: FERRAMENTA ESTRATÉGICA
Não há como gerenciar qualquer crise sem uma Comunicação clara, eficaz e estratégica, sinônimo de transparência, capaz de gerar confiança e de unir todos os atores entorno do bem comum.
Por isso, toda empresa que quer estar preparada para uma possível crise precisa ter um plano emergencial previamente elaborado e conhecido pelos colaboradores estratégicos, ou seja, por aqueles que serão mobilizados em caso de necessidade.
O Manual de Gestão e Comunicação de Crise é um documento que tem a função de antecipar cenários e definir estratégias de ação de acordo com o tipo e a gravidade da crise. Ele traz, por exemplo, quais processos de comunicação deverão ser adotados em cada etapa, quem serão os porta-vozes (pessoas autorizadas a falar pela empresa), entre outras condutas a serem tomadas que, acreditem, no momento de urgência passam longe de serem lembradas.
Esse documento é fundamental para que uma crise não se agrave, tornando-se, também, uma crise de comunicação, quando as consequências podem ser muito maiores. E não há modelo pronto. Cada manual deve ser personalizado de acordo com as características do negócio, com atenção especial para os públicos que serão alvo da comunicação: o interno (formado por colaboradores e acionistas) e o externo (clientes, consumidores, fornecedores, autoridades, associações e sindicatos, parceiros, instituições e comunidade em geral).
Uma das diretrizes que não pode faltar em todo Manual de Gestão e Comunicação de Crise é que o público interno sempre deverá ser o primeiro a ser comunicado sobre qualquer problema que venha a ocorrer. E não basta informar, essa comunicação deve ser clara e objetiva. Também precisa ser feita com empatia e atenção especial para o engajamento e o entendimento da mensagem, um desafio e tanto que requer profissionais experientes e qualificados.
Priorizar a comunicação com os colaboradores demonstra respeito e consideração, reforçando o compromisso com a transparência e a confiança, características comuns às organizações reconhecidas como grandes marcas empregadoras. Lembre-se que os colaboradores são os principais advogados da empresa e que a opinião deles pode impactar fortemente a reputação da marca, principalmente durante uma crise.
Sejam internas ou externas, ninguém está imune as crises, mas só conseguirão minimizar os estragos e transformá-las em oportunidades de melhoria e evolução as empresas que souberem como gerenciá-las, sobretudo a partir de um planejamento de comunicação integrada e eficaz.
A sua empresa está preparada?
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