No mês de conscientização sobre o autismo, saiba como o Endomarketing pode ajudar a tornar sua empresa mais inclusiva
Você já se perguntou o quanto um autista poderia contribuir fazendo parte da sua equipe? Então, pergunte-se!
Nunca se falou tanto em inclusão no universo corporativo como nos dias de hoje e a inclusão de um autista no mercado de trabalho é garantida pela mesma lei que determina a participação mínima para portadores de qualquer deficiência. Isso porque a partir de 2012 a Lei 12.764 – também conhecida como Lei Berenice Piana – abriu as portas para o reconhecimento do Autismo. Desde então, o distúrbio tem sido muito mais discutido no país, inclusive, mais diagnosticado.
Segundo dados do IBGE, 85% dos autistas brasileiros estão fora do mercado de trabalho. É possível que a principal causa para um número tão baixo aconteça por causa da ideia de imprevisibilidade dos autistas. Os líderes, muitas vezes, não sabem o que esperar em termos de resultados e comportamentos.
Então, vamos falar mais sobre como o Endomarketing pode lhe ajudar nessa tarefa e vamos aproveitar o mês de conscientização sobre o autismo, que tem o objetivo de levar informação à população para reduzir a discriminação e o preconceito contra os indivíduos que apresentam o Transtorno do Espectro Autista (TEA), para fazer a nossa parte. Combinado?
Faça como o Google, treine sua liderança
Em 2021, a marca Google deu um passo realmente ousado na questão do autismo. O novo posicionamento da empresa é ter mais autistas trabalhando com eles. Para isso, fizeram uma parceria com a Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, com o intuito de tornar a força de trabalho mais neurodiversa. Juntos, Google e Stanford pretendem treinar mais de 500 gestores para selecionarem talentos dentro do espectro do autismo.
Mude seu processo de seleção
O processo de seleção da Google não será como os outros. A empresa promete, através do novo programa, mudanças nos modelos de entrevista. De acordo com Robin Enslin, que é presidente de operações globais, a seleção será mais flexível e com tempo extra para a entrevista. Além disso, os candidatos terão acesso às perguntas com antecedência, assim como podem, também, optar por fazer a entrevista por escrito.
Em uma entrevista ao portal internacional Disability Scoop, Enslin disse, também, que algumas pessoas chegaram a desconfiar que esse modelo de seleção daria uma vantagem aparentemente injusta aos autistas. Porém, Enslin defendeu o seguinte: “É exatamente o contrário: eles eliminam uma desvantagem injusta para que os candidatos tenham uma chance justa e equitativa de competir pelo emprego.”
RH consciente
É essencial que os profissionais de RH, responsáveis pela atração e contratação, tenham um olhar voltado para a diversidade no recrutamento e isso inclui pessoas com deficiência.
Se o RH tiver clareza sobre as áreas que podem se beneficiar de um profissional autista e fizer processos de recrutamento que visam atrair essas pessoas, então estará contribuindo para uma organização mais inclusiva e diversa.
A liderança tem um papel muito importante nesse tópico, que é identificar em qual função um autista irá se adaptar melhor e contribuir da melhor maneira com a equipe.
Segundo informações divulgadas pela RH pra Você, pode ser muito eficaz atribuir ao autista apenas tarefas que demandem alta concentração, baseadas nas melhores habilidades dessa pessoa. Abaixo, alguns exemplos de aptidões bastante comuns entre pessoas com TEA.
· Habilidades de lidar com questões lógicas e matemáticas
· Inclinações para serviços visuais
· Maior disposição às atividades repetitivas e metódicas, que possam manter uma rotina diária
· Trabalhos que envolvam regras, padrões e conceitos muito bem definidos
· Habilidade de lembrar fatos a longo prazo
Comitês de diversidade
Se a sua empresa já possui comitês de diversidade, inclua o tema na pauta. A conscientização, o conhecimento e a empatia podem acabar com alguns mitos que são criados sobre a realidade dos autistas e do quanto eles podem contribuir com a equipe.
Educação a favor da igualdade
Promover eventos educativos e levar o tema para o maior número de pessoas da sua empresa irá fazer com que todos vejam a realidade desse mundo. Uma sugestão é levar palestrantes autistas que estejam atuando no mercado de trabalho para que eles contem suas histórias, as dificuldades que encontraram e o quanto é importante que as pessoas comecem a repensar e desfazer os tabus com relação ao assunto.
Persista
Estima-se que 70 milhões de pessoas no mundo vivam com essa condição, sendo 2 milhões delas no Brasil. Portanto, não desistir do tema é a melhor forma de promover a inclusão.
Um forte abraço e até a próxima!
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